Linguagem e materialidade: reinterpretação e metáfora no projeto de arquitetura
Abstract
O processo projetual, como atividade resistente a normatizações e estruturações metodológicas mais rígidas, oscila, muitas vezes, entre um funcionalismo pragmático e especulações formais desprovidas de enraizamento cultural e histórico. A completa carência de critérios de atuação, e a dificuldade em equilibrar o processo técnico e científico com a interpretação e expressão da experiência e repertório do arquiteto, leva as escolas a buscarem uma conceituação da arquitetura que não se estrutura enquanto proposta arquitetônica e se confunde com um formalismo vago que concentra em si, todo o procedimento projetual. A proposta didática apresentada no artigo é uma experiência em que a “reinterpretação” e a “transposição” se mostram como possibilidades projetuais que, em muitas situações, são capazes de estruturar o conceito (ou fio condutor) através de uma referência ou analogia, permitindo conectar diferentes aspectos da mesma questão (FLORIO e TAGLIARI, 2009) através de diferentes linguagens e interpretações do imaginário histórico e cultural.