DO ETERNO AO INSTANTÂNE O questões que aparecem quando se projeta para a efemeridade
Abstract
O texto procura relacionar os edifícios estáveis e perenes com aquela grande variedade de construções que se estabelecem em um lugar apenas temporariamente, tanto projetos experimentais quanto situações corriqueiras, tanto exemplos antigos e distantes como aqueles próximos e atuais. O postulado é o de um gradiente, de uma continuidade do sedentário ao nômade, do perene ao transitório, como aspirações ideais. À medida que nos deslocamos de um pólo a outro, exigências feitas ao ambiente construído emergirão enquanto outras submergirão. Como a dissolução da relação com o lugar, distinguindo-se o objeto de sua configuração no sítio, e sua subseqüente versatilidade na adaptação ao meio. A constituição do edifício apresentará decisões quanto à sua solidez, com repercussões no seu material de construção. Se transportado, a produção das partes e montagem in situ serão etapas distintas, e aparecerão decisões quanto ao volume, peso e resistência mecânica do edifício e seu meio de transporte. Diante da realidade da montagem, vêm à tona o seu tempo de execução, e a relação entre as partes físicas, os equipamentos empregados e a habilidade requerida. Esse percurso demonstra a continuidade entre os ambientes construídos, permanentes e transitórios.