dc.description.abstract | Apesar do campo dos estudos sobre campi universitários envolver aspectos urbanísticos e arquitetônicos, frequentemente, os estudos na área valorizam as teorias urbanísticas e suas aplicações nestas “micro cidades ideais” destinadas à educação. No entanto, a partir da década de 1960, foram desenvolvidos diversos projetos para universidades que se enquadram mais enfaticamente nas temáticas arquitetônicas. Nestas universidades, ao invés da criação de diversos edifícios isolados propunha-se um único edifício de amplas dimensões categorizado pelo crítico Reyner Banham como “megaestruturas”. No Brasil, o projeto do Instituto Central de Ciências (ICC) da Universidade de Brasília (UnB) desenvolvido por Oscar Niemeyer destaca-se como um exemplo desta tipologia arquitetônica. Neste sentido houve um grande esforço para criar soluções técnicas sofisticadas que permitissem a flexibilização dos espaços para que, mantendo-se a mesma estrutura arquitetônica, fossem feitas ocupações e alterações constantes que acompanhassem a dinâmica das ciências. O projeto foi desenvolvido em clara sintonia com os ideais de integração acadêmica preconizados pelos educadores envolvidos no planejamento da universidade e está intrinsecamente relacionada com a própria tectônica da edificação, aqui entendida como uma abordagem analítica do aspecto formal da edificação com as técnicas que permitiram sua materialidade física. Este artigo aborda tanto o estudo do ICC quanto suas repercussões em diversos outros projetos do arquiteto para o mesmo tema pois as soluções estudadas para a UnB tornaram-se uma resposta padrão para problemas projetuais relacionados ao ensino superior no repertório do arquiteto. | pt_BR |