| dc.description.abstract | O artigo pretende reconhecer a inteligência que está dispersa ao nosso redor, as boas soluções construtivas que aparecem nas iniciativas mais corriqueiras, ainda que expressa em materiais ou condições precárias, ultrapassando os habituais preconceitos dos arquitetos quanto à autoria e aparência. A tentativa é de tentar tornar os limites do ofício permeáveis às inspirações projetuais do cotidiano. Para tanto, realiza-se uma síntese das iniciativas similares recentes, em especial aquela que foca no aparentemente ordinário. Defende-se que a qualidade e a inovação não são privilégio dos profissionais e que essa sagacidade pulverizada pela sociedade é condição indispensável, como preparação de palco, para as inovações reconhecidas. Os sinais dessa astúcia cotidiana são procurados nas ruas de Salvador, no design dos vendedores ambulantes, nas barracas de praia (derrubadas em 2010) e naquelas instalações desenvolvidas especialmente para aproveitar as condições do espaço urbano. A lição de tais objetos se dá tanto ao revelar na sua condição de improviso o gap que existe entre demanda e espaço construído, como na qualidade funcional e mesmo estética que podem adquirir. | pt_BR |
