Representação e Teoria do Projeto: Reflexões Integradas Sobre a Geração e Controle da Forma Arquitetônica
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Date
2009-10-01Author
Pires, Janice
Borda, Adriane
Gonsales, Célia Helena
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Este estudo se insere no âmbito de investigação sobre o processo de ensino / aprendizagem de projeto de arquitetura, especificamente em estágios iniciais das práticas projetuais promovidas em um curso de arquitetura e urbanismo. Nestes estágios, em que se experimenta a criação sobre composições formais, não envolvendo ainda toda a complexidade do projeto de arquitetura, há uma ausência de mecanismos e ações que sintetizem os conhecimentos necessários para a construção de um repertório formal, essencial para a compreensão da forma arquitetônica como estrutura do projeto. Ao pensar na possibilidade de aquisição de habilidades para desenvolver processos digitais de representação, desde um primeiro momento de projeto, o que tem se tornado cada vez mais freqüente nas práticas estudantis, mesmo de maneira informal, configura-se uma preocupação esta ausência de referenciais. Frente a isso, considera-se que a identificação de um conjunto de procedimentos, que estão amparados em diferentes abordagens, advindas de práticas de representação gráfica digital (Modelagem Geométrica) e da teoria de projeto (Gramáticas da Forma), permite explicitar uma estrutura de saber capaz de suportar e potencializar o processo de geração e organização formal. Tal estrutura deve ser construída com a preocupação de evidenciar as interligações entre ambos campos que dêem subsídios para que o processo de projeto se constitua como um processo de construção cognitiva. Ao encontro deste propósito, as abordagens de Modelagem Geométrica e de Gramáticas da Forma caracterizam-se como posturas de ação em que os conhecimentos podem ser reinterpretados e recriados, a partir de atividades de análise sobre referenciais exemplares de arquitetura. Procura-se, desse modo, construir uma metodologia que facilite os processos de abstração necessários para atividades cognitivas, que devem buscar nos procedimentos que refletem ações projetuais específicas, um sentido mais amplo e didático para o ato de projetar. Considera-se que é possível se construir referências para uma prática de projeto que reflita sobre os processos de criação e composição da forma arquitetônica, permitindo sua consecução com consciência e consequência.