A Configuraçäo do Rio como Paisagem Oscilante. a Idéia de Metaprojeto

Abstract

Foi estabelecida uma linha de continuidade entre três trabalhos de investigação projetual: “O parque urbano histórico e seu papel contemporâneo”, “O sistema de parques na metrópole moderna”, “A linha de costa como espaço de lazer”, pondo ênfase no planejamento. O tripé bosque / parques / rio, permite um olhar mais amplo sobre qualidades, formas, usos e significados destes espaços. Tomamos o lazer como principal atividade. No início, a linha de costa teve um planejamento acertado, mas nas últimas décadas tem se produzido um distanciamento entre paisagem e habitantes. Poluição, restrição, apropriação por parte de entidades públicas e privadas, condicionam o acesso ao rio. As condições ambientais atuais e o processo de (des) urbanização têm (des) abitado a costa, deixando o rio de ser protagonista. Acreditamos que a crise socioeconômica gera uma oportunidade de lazer coletivo para a área, desde sua condição ambiental e no seu caráter de paisagem oscilante. Temos como hipótese de trabalho que é possível resgatar este local como espaço de lazer, entendendo o ambiente como um todo. Utilizamos o metaprojeto como estratégia para expressar o que se infere sobre o projeto, aquilo que o rege, que o condiciona, que o ordena, que o caracteriza, isto é, o projeto do projeto. Compreender a dinâmica histórica, cultural e espacial das mudanças na região e sua incidência na conformação da paisagem, traz o desafio da possibilidade de recuperá-lo desde a condição de dinamismo que o define como paisagem oscilante. Levamos em consideração os conceitos de mutabilidade e mudança do espaço público, devolvendo ao rio a possibilidade de oferecer à população recreação, entretenimento e lazer. A presente pesquisa atua com o projeto como ferramenta metodológica principal. Isto permite trabalhar sobre mapas projetuais da condição ambiental prévia, das condições ambientais atuais e também sobre mapas de caráter propositivo.