O Aço e o Alumínio na Arquitetura Paraibana - 1990/2002
Abstract
Esta comunicação faz parte de uma pesquisa sobre a arquitetura contemporânea de João Pessoa, que analisa o uso do metal, especialmente aço e alumínio, entre 1990 e 2002, período de significativo crescimento dessa utilização, cujas especificidades criam tanto sintonias quanto dissonâncias frente aos panoramas nacional e internacional. As sintonias são observadas, mais que no campo da linguagem arquitetônica, no mimetismo visual direcionado ou ‘influenciado’ pelas imagens de “visual high tech" das revistas de arquitetura e das páginas da internet, que têm no uso do metal de maneira explícita, uma de suas formas mais usuais de manifestação. As dissonâncias se apresentam, essas sim, no terreno da linguagem resultante dessa produção que não possui nem os meios, nem a tecnologia que a suporte.Para fundamentar nossas hipóteses foi essencial a leitura de alguns títulos para entender o desenvolvimento do uso e da técnica, assim como o aparecimento dessa linguagem arquitetônica correlata, especialmente a partir do início do século XX. Para analisar a produção pessoense, foram escolhidas quarenta edificações, levando-se em consideração os seguintes critérios: a) emprego estrutural do material ou apelo estético destacado na obra, b) exemplares localizadas em diferentes pontos da cidade, c) recorte temporal, d) amostra de diferentes atividades.O objetivo dessa análise empírica da arquitetura é agregar subsídios para a compreensão da produção contemporânea, especialmente aquela que se utiliza do metal como elemento estrutural ou estético-formal. As conclusões trazem informações pertinentes que revelam direcionamentos de projeto na cidade de João Pessoa, tais como a valorização do Venustas, mesmo que esse venha divorciado do Firmitas e do Utilitas.