Produção da Forma Arquitetònica na Faufba: o Que (não) Muda Após a Introdução Das Ferramentas Computacionais
Abstract
Após quase dez anos da introdução das disciplinas de informática aplicada a arquitetura e ao urbanismo no curso de arquitetura da FAUFBA, o que muda, ou o que não muda na produção da forma arquitetônica proposta pelos discentes nos seus trabalhos de ateliê de projeto? A resposta a esta questão a autora procurou nos trabalhos finais de graduação (TFG), realizados pelos alunos nos últimos quatro anos e que se encontravam arquivados no colegiado de curso, bem como no acompanhamento a três turmas de ateliê de projeto durante o semestre letivo de 2004.2, cujos alunos já haviam cursado a disciplina de Informática Aplicada à Arquitetura e Urbanismo I. Os resultados da pesquisa evidenciaram que quase todos os alunos utilizam o computador na elaboração de seus trabalhos, sendo que a maior parte apenas o utiliza como instrumento de representação e, apenas uma pequena parcela aplica o ferramental computacional como instrumento de concepção do projeto. Observou-se também dentre vários professores entrevistados que não existe por parte do corpo docente um incentivo ao uso do computador como ferramenta projetual. As razões devem-se, na maioria dos casos, à falta de familiaridade com o instrumental por parte destes docentes, ficando clara a necessidade de capacitação dos mesmos no caso de se decidir pela utilização do ferramental como instrumento de concepção e representação na projetação. E também, em paralelo, uma discussão sobre metodologias de projeto mais adequadas ao uso deste instrumental.