dc.description.abstract | O tema «ensino do projeto arquitetônico» recebeu menos atenção do que se poderia esperar; quando houve atenção, esta não resultou numa atualização radical do debate, pois o fundamento dos enfoques pedagógicos neste campo ainda revela a origem centenária dos principais conceitos discutidos. Recorrentemente, as expressões «composição» e «compositivo» são empregadas com referência a processos projetuais que colimam a decomposição do objeto arquitetônico, como no caso do edifício-sede da Bauhaus em Dessau. Deve-se aprofundar o estudo da projetualidade, definida como aquela categoria complexa que inclui tanto a convicção de que o mundo visível pode ser aperfeiçoado como a sistematização do conhecimento para implementar as soluções requeridas. Esta é a essência do corpo cognitivo da arquitetura, constituído em duas teorias, a Teoria da Produção Arquitetônica e a Teoria da Excelência Arquitetônica. Uma ocupa-se do fazer arquitetônico, a concepção e a materialização dos objetos arquitetônicos; a outra, dos critérios do certo e do errado, da avaliação da qualidade daqueles objetos. Excluídas estas duas teorias, o ensino da arquitetura perde seu fundamento teleológico. A projetualidade é «cimento» que une todos estes elementos. Deve-se entender que, se o ensino do projeto arquitetônico pode parecer um território privativo dos docentes das disciplinas específicas, o ensino da projetualidade é da responsabilidade de todos docentes da instituição. | pt_BR |