dc.description.abstract | O presente texto objetiva discutir aspectos do ensino do projeto arquitetônico e urbano, partindo da associação entre arquitetura e lingüística. A comparação entre a experiência arquitetônica e a experiência do texto é, sem dúvida, matéria controversa, a começar pelo fato de que o arquiteto produz o projeto, mas a fruição é da obra e a distância entre a intenção contida no projeto e o resultado dos gestos que executam a obra, por motivos diversos, pode variar. No entanto, no contexto do ensino e da formação do arquiteto, o que se julga é o projeto, realizado em desenho, ou maquete – virtual ou não. Assim, está-se julgando a idéia representada, o que torna mais fácil e plausível a associação com o texto. A associação entre arquitetura e lingüística não é inédita: proliferam, sobretudo entre os acadêmicos italianos, estudos de teoria de projeto baseados em conceitos extraídos da lingüística, a partir da constatação da crise do projeto como “crise do significado”. Assim, o texto pretende discutir a utilidade no ensino da arquitetura de quatro antigas técnicas de ensino da língua: a cópia, o ditado, a tradução e a composição. Do ponto de vista das técnicas de ensino, a questão que permeia a discussão seria: como se adquire o instrumento de comunicação, as palavras, de forma a ordená-las evitando a construção de frases desconexas do tipo “mim sorvete querer”? Apoiado neste raciocínio, pretende-se iniciar um processo de discussão do papel destas técnicas de ensino tradicionais face à introdução de novas tecnologias de representação. | pt_BR |