UTOPIA, REALIDADE E CRIATIVIDADE: uma análise da experiência do Grupo Archigram à luz de duas teorias do projeto e da concepção arquitetural.
Abstract
Os projetos do Archigram, grupo de arquitetos de vanguarda formado nos anos 60 - com base na Architectural Association School of Architecture, em Londres, não se fundamentavam em requisitos imediatos de exeqüibilidade construtiva, mas sim em conceitos, atividades, movimentos e fluxos, com intenso apelo para o imaginário da era espacial. Por causa destas características, seus projetos foram por muitos considerados como criativos. Este artigo procura discutir a relação entre utopia, realidade e criatividade tomando a experiência do Archigram como exemplo ilustrativo. Os projetos do grupo são analisados através do confronto de teorias de projeto como as de Helio Piñón e Edson Mahfuz e da teoria da concepção arquitetural de Philippe Boudon, das quais são destacados conceitos e instrumentos de análise tais como: criação x concepção; conceito central x ideia, percepção e discurso; relação todo/partes x sistema/estrutura; analogias x escalas/modelos de concepção.