dc.description.abstract | Na área de arquitetura e urbanismo, o processo de projetação tem como meta a proposição de ambientes construídos que abriguem/facilitem as vivências humanas. Logo, caso as pessoas e suas relações no espaço sejam eliminadas, a atividade projetual perde seu principal sentido. Esse argumento aponta a presença humana como um dos eixos do processo projetual e, portanto, essencial a todos os momentos do projeto, dos croquis conceptivos à execução da obra. Para tanto, é fundamental realimentar o ciclo projetual pela incorporação de conhecimentos provenientes dos campos da qualidade ambiental e da decodificação das necessidades humanas, bem como refletir sobre o papel da representação gráfica como fator que dificulta/facilita a apreensão das informações comunicadas pelo projetista. Mostra-se que, quando não presentes no projeto, tais fatores podem tornar o projeto e sua posterior execução uma fonte de stress para os envolvidos, sobretudo quando a relação entre projetista (arquiteto) e usuário (quem vai estar cotidianamente no local) é mediada por um terceiro (o "cliente" que encomendou o projeto do edifício). A não compreensão das necessidades do usuário real e a pouca abertura a sua participação, propiciam o surgimento de um produto não condizente com suas aspirações, relacionados a, entre outras: configuração dos espaços (forma e dimensionamento), capacidade de carga (quantidade mínima e máxima de usuários), legibilidade, layout e condições de habitabilidade (térmicas, acústicas, lumínicas) e sinomorfia percebidas. ABSTRACT: In the Architecture and Urbanism area, the objective of project process is to propose built environments which contain/facilitate human life. Therefore, if people and their relationships in the place are removed, the activity of projecting loses its primary meaning. This argument indicates that the human presence is one of the axes of the project process and, therefore, essential to all its stages, from sketches to the building execution, which makes it fundamental to incorporate knowledge from other areas. Among them, this text chooses to focus on the field of environmental quality and the discussions about human needs. The article discusses some aspects of these fields that can be useful for architectural design, and comments the role of project representation (design) as a factor that hinders the absorption of information that the designer is trying to communicate. It shows that the sum of these factors may make the project and its subsequent execution a source of stress for those involved, especially when the relationship between designer (architect) and users (who will be on site daily) is mediated by a third person (the "client" who bought the project). Failure to understand the real needs of the user and unwillingness toward their participation provide a product not in accordance with their aspirations, relating to, among others: the configuration space (shape and size), capacity (minimum and maximum users), readability, layout, habitability conditions (thermal, acoustic and luminal) and sinomorphy perceived. | pt_BR |