O Centro Pompidou como paradigma construido das utopias megaestruturais dos anos 60.
Abstract
O concurso internacional para a criação do Centro Pompidou supõe um ponto de encontro das diferentes revisões do Movimento Moderno que estão se desenvolvendo no ano 1969. A proposta ganhadora será a consequência de um posicionamento arquitetônico que recolhe os postulados críticos de vários arquitetos da segunda metade do s.XX: Le Corbusier, Mies van der Rohe, os Smithson, Reynan Banham, o grupo Archigram e Cedric Price estarão presentes de forma implícita no projeto. Posicionamentos de dimensão ética em torno à sinceridade construtiva marcam o nascimento do New Brutalism, antessala de futuros movimentos arquitetônicos como o Megaestructuralismo ou o Pop‐Art. Grupos como Archigram, influenciados pelo New Brutalism inglês e seu ênfases nos aspetos construtivos e materiais, desenvolvem novas visões baseadas em grandes estruturas utópicas onde também se mostra de um jeito franco os componentes e os mecanismos que conformam o sistema estrutural. Inaugurado em 1977, o novo edifício marcará uma transição entre a tradição dos museus clássicos, de caráter estático e pouco flexível, para um novo tipo de projeto cultural mais flexível, mediático e cambiante influenciado por paradigmas que proveem da revisão dos postulados do Movimento Moderno despois da II Guerra Mundial.