dc.description.abstract | Em concursos de projeto de arquitetura várias propostas são comparadas para que apenas uma seja escolhida. Em geral, essas competições são regidas por editais que além de impor condições legais de participação, apresentam os requisitos que devem ser satisfeitos pelos vencedores e definem o papel dos demandantes, competidores e avaliadores envolvidos. Mas a literatura de arquitetura é recheada de relatos sobre o pouco peso dos editais em definir vencedores em disputas, bem como da pouca competência de muitos júris. Ou seja, diversos são os relatos que põem em xeque o peso dos editais em definir critérios de julgamento aplicáveis à eleição da melhor proposta (MINGUET, 2011, p.07; TOSTRUP, 1999, p.17; NASSAR, 1999, p.22). Nassar (1999, p.27), Tostrup (1999, p.18), Collins (1971, p.148) ou ainda Collyer (2004, p. 15), por exemplo, sugerem que, para o sucesso numa disputa, às vezes é mais importante agradar ao júri do que ater-se aos requisitos dos editais. Partindo dessas considerações, esse artigo investiga os projetos vitoriosos dos concursos para as sedes dos Sebrae/DF e MG, ocorridos em 2008, com o intuito de demonstrar a hipótese de que seguir requisitos de editais pode ser indiferente para vencer um concurso, conclusão a que se chegou após cotejar as regras dos editais desses casos, muito semelhantes quanto às diretrizes de representação, e verificar que foi possível vencer tanto seguindo a risca quanto esquivando as regras. | pt_BR |