A EMPATIA ESPACIAL e sua implicação nas ambiências urbanas
Abstract
Ao desenvolver o conceito de “Einfühlung” na segunda metade do século XIX, o filósofo alemão Robert Vischer buscava teorizar a capacidade de viver uma emoção causada por algo alheio ao nosso “eu”, transportando-nos além de nós mesmos. Essa é a origem do conceito de “Empatia” que se refere à capacidade da pessoa compreender os sentimentos de outra a partir de uma postura de reciprocidade, compartilhando seus sentimentos e emoções. É com base nessa noção que o Laboratório de Pesquisa “Arquitetura, Subjetividade e Cultura” (LASC/UFRJ) tem procurado fomentar o desenvolvimento do conceito de “Empatia Espacial”, a fim de elencar as características espaciais que permitem que o usuário se sinta acolhido pelo lugar, compreendendo-o e sentindo-se projetado em sua ambiência. A Empatia Espacial torna-se, assim, uma forma de se relacionar com o mundo e tomar consciência dele a partir da experiência sensível. Buscando bases fenomenológicas, este trabalho propõe uma discussão sobre o significado de Empatia Espacial, o que requer reflexões sobre a experiência sensorial do corpo e a alteridade urbana a fim de que se compreenda as possíveis implicações do conceito em projetos de arquitetura e urbanismo.