dc.description.abstract | Num mundo em constante mutação, em tempos de multiplicidade e em meio a diferentes vetores que constroem nossas ambiências: megaestruturas, especulação imobiliária, ocupações/invasões, autoconstruções, virtualidades; observamos em geral que a matriz projetual e construtiva sob a qual opera a produção acadêmica no âmbito da arquitetura e do urbanismo é de origem modernista. Apesar de “desatualizadas” essas ferramentas metodológicas ao caracterizarem-se pelas noções de totalidade, homogeneidade, unicidade, verticalidade dentre outros aspectos respondem às demandas dos poderes hegemônicos contemporâneos. Acabam produzindo territórios genéricos, consensuais porque escamoteiam as diferenças, a heterogeneidade, os conflitos, as diversidades. Legislam a favor da subjetividade hegemônica, dos poderes dominantes e dos saberes tutelados. O texto busca apontar a necessidade dos arquitetos estarem atentos também a outros fluxos de subjetividades emergentes, singularidades, micropolíticas, microfísicas – que estão a todo momento a atravessarem a ordem dominante e perceber neles outros enunciados, outros agenciamentos e também diferentes possibilidades de construírem seus saberes. | pt_BR |