dc.description.abstract | Este artigo descreve e analisa uma experiência pedagógica no campo formal com turmas de primeiro projeto da PUC-Rio, em 2009, na qual, à guisa de introdução ao projeto residencial elaborou-se e aplicou-se uma variação do conhecido exercício da grade de nove quadrados (9SG), formulado por John Hejduk nos anos 1950. Tal variação aqui descrita tem como pressupostos as idéias de que enunciados de exercícios em geral encerram um princípio de regra, donde tiram sua utilidade pedagógica; que encerram um princípio hermenêutico e demandam interpretação; o que implica que, no caso do exercício de projeto, os enunciados não devem restringir-se a um quadro de áreas a solucionar; e de que se deve tentar superar a fragmentação entre ensino da forma e a disciplina de projeto. Diferentemente de especificar uma determinada linguagem formal a seguir, estabeleceu-se no enunciado uma demanda formal excludente, tipificando uma qualidade indesejada na solução arquitetônica: o aluno deveria se apropriar em seu projeto de uma estrutura existente do tipo 9SG, mas de modo a que o resultado não fosse uma caixa. A hipótese é que tal restrição regraria a procura de um resultado formal, sem restringir o campo das possíveis interpretações do enunciado a serem expressas na forma arquitetônica. Diante da variedade de estratégias adotadas nas soluções formais dos alunos, o artigo sugere que a exploração formal, conduzida na experiência sem prejuízo da atenção às demais condicionantes do projeto, que a compreensão do enunciado em sua dupla característica de regra e demanda hermenêutica pode ser instrumental no ensino da forma na disciplina de projeto. | pt_BR |