dc.description.abstract | O espaço – como tempo, natureza, ser – é uma das noções constituintes da compreensão do mundo cujas formulações mais arcaicas na cultura ocidental advém dos pré-socráticos. Na arquitetura não se tem conhecimento de sistematizações sobre esse conceito na antiga Grécia. Entretanto, se não foi sistematizado, seguramente foi concebido como comprovam os templos gregos. Verifica-se, naquela arquitetura, percepção, vivência e concepção do espaço. Essas três capacidades humanas revelam atitude ativa e não passiva, em relação ao projeto, cujo percurso histórico reafirma, dos mais variados modos, maneiras de pensar o espaço. Objeto de estudo em variados campos disciplinares, na investigação sobre o espaço que está sendo realizada no Laboratório de Investigação do Espaço na Arquitetura - LIA, procuramos confrontar conhecimentos — na filosofia e na neurociência – que contribuam para a arquitetura e o urbanismo. Estes conhecimentos exógenos, que possibilitem avanços conceptual e metodológico do espaço, estão sendo denominados na Pesquisa-mor Espaço na arquitetura e na ciência, de contribuições epistemológicas. Busca-se, pois, a contribuição variada da noção de espaço em suas diversas dimensões disciplinares, evitando abordagens parciais e redutoras, mas que possibilitem uma compreensão e conhecimento mais integrado do espaço da arquitetura. É desse contexto de transversalidade que a noção de espaço emerge e no qual esse artigo se situa. Nesta etapa da investigação, pretendemos apresentar um paralelo entre a Fenomenologia de Merleau-Ponty e a Neurociência de Berthoz, no âmbito do modelo analítico proposto, comparando-as com alguns conceitos de espaço na arquitetura. | pt_BR |