dc.description.abstract | A proposta que se faz é a confrontação da realização do projecto arquitectónico não como constructor de edifícios, mas sim de situações. O objectivo deste trabalho é a aproximação às experiências, às acções e aos meios que nutrem a capacidade do arquitecto para construir situações, isto é, a capacidade do arquitecto para sentir e apresentar a arquitectura como algo que o envolve e não como algo figurativo. Centra-se sobretudo na construção de situações na cidade contemporânea, que é caracterizada por diversos autores como uma cidade em ausência. O documento pertence ao primeiro eixo do Congresso sobre a Situação. Parte da noção de que o ofício do arquitecto é, sobretudo, a criação de mundos habitáveis. Neste sentido, projectar e construir uma cidade habitável significa construir uma cidade em que podem ocorrer situações em que o homens se sinta bem. Assim, o trabalho questiona-se sobre as experiências e as acções que alimentam o processo arquitectónico da construção de situações, ou seja, que ajudam o arquitecto a aproximar-se da experiência de sentir-se envolvido dentro dos futuros espaços a construir. Construir uma situação impede uma posição e um movimento do imaginante dentro de lugares imaginários. Segundo Bernand Tsumi no projectar de situações, ou seja, de configurações em que as pessoas interagem, os acontecimentos, o movimento e o espaço são justapostos. Os situacionistas chamavam "situações a construir" à busca de uma organização dialética de realidades parciais passageiras, realidades resultantes da articulação do tempo e do espaço. A cidade do terceiro milénio é uma cidade em ausência, um lugar que é abstracto e concrecto ao mesmo tempo. O espaço público é substituído por uma enorme circulação, ventilação e espaço de ligação efémero, o aqui e o ali derrubam-se no agora. | pt_BR |