dc.description.abstract | Trata-se de texto estritamente teórico/crítico embasado na adoção de uma nova lógica e repertório conceitual e de uma diferente forma de pensar a produção de arquiteturas, e isso, enquanto multiplicidade e heterogeneidade de expressões. Atitude que afirma a superação e o distanciamento da forma de pensar herdada da Modernidade sob a égide da lógica binária e do modelo “arborescente” de pensar. São considerados três universos de conhecimento: o universo cósmico (espaço sideral); o Mundo da representação, do Real e do Possível, denominado também universo macro (molar); e o universo micro (molecular). O texto aborda, justamente, este último universo. Desta colocação emerge um conjunto de questões, as quais, consciente ou inconscientemente afetam a pesquisa, o ensino e a prática de projetar, e isso, no âmbito dos processos de subjetivação enquanto construção, fabricação, modelagem de subjetividades individuais e coletivas. Outras considerações de diferentes naturezas são evidenciadas e relacionam saberes, poderes (rede de micropoderes) e processos de subjetivação. Também, são referenciadas outras variáveis que caracterizam e incidem sobre as atividades acadêmicas e profissionais, a exemplo: a.experiência empírica, a forma de pensar e a visão de mundo enquanto atitude ética de cada indivíduo ou de um grupo social. Considerações outras são formuladas sobre as práticas acadêmicas e nelas se evidencia a relevância dada aos saberes (conhecimentos) em detrimento das relações de poderes (redes de micro poderes) que perpassam os saberes, e isso, sob a equivocada bandeira da neutralidade dos saberes, o que de fato não ocorre. Omissão ainda maior em relação ao micro universo dos processos de subjetivação, ou seja, de micros ações que promovem mutações, no sentido de micro revoluções ou “revoluções moleculares” (Guattari). Face ao caráter complexo na análise da atual produção de arquiteturas, e do papel da mídia na modelagem da subjetividade dos jovens estudantes de arquitetura, procurar aproximar esta questão praticamente inexplorada em nossa área, admite-se a compreensão e o objetivo pedagógico desse enfoque e espera-se, no mínimo, num trabalho inicial desta natureza, promover indagações e subseqüente interesse e discussão sobre esses processos de subjetivação. | pt_BR |