dc.description.abstract | Neste artigo serão abordados os processos de concepção cenográfica e arquitetônica. Veremos como eles podem se retroalimentar enquanto mecanismos de organização mental – cognitivo e imaginativo – relacionados à construção do espaço contemporâneo seja ele o espaço real ou o da cena. As estruturas que compõem o processo cenográfico de criação serão apresentadas decompostas em suas categorias de materialização cenográfica: elementos visuais (formais, espaciais, cromáticos, lumínicos), elementos sonoros, cinestésicos, temporais, atmosfera, enredo, personagens. Também será evocada a importância da ação, que se desenvolve sempre sobre um espaço e um tempo quaisquer. Partindo desses princípios pretende-se buscar identificações e proposições para os processos de criação do espaço arquitetônico. Os desdobramentos para a pesquisa e o ensino serão tratados como contribuições para definição de metodologia e procedimentos que orientem processos de concepção espacial em arquitetura antenados com a produção imagética e filosófica do universo contemporâneo. Serão apresentados princípios e processos de concepção cenográfica de diversos cenógrafos, buscando relacionar os elementos que os compõem, e como interagem servindo de critério para estabelecer os parâmetros da criação de cenografias. Também será apresentado o modo de criação cenográfica da autora desse texto, de forma a poder compará-lo a outros processos apresentados, e justificar propostas apresentadas para as disciplinas citadas abaixo. Finalizando, serão apresentadas experiências com utilização de recursos cenográficos aplicados ao ensino de projeto de arquitetura e de paisagismo desenvolvidos com alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A análise dessas experiências nos permitirá por fim levantar questões sobre o uso de ferramentas e recursos cenográficos como estratégia para o processo de concepção arquitetônica. | pt_BR |