| dc.description.abstract | "Ensino, pesquisa e prática" constituem uma tríade que encontramos na vida e nos postulados de Lucio Costa. Esta comunicação busca refletir a respeito da atualidade de seu pensamento e ação, tomando por base os seus escritos. A comunicação foi concebida constatando-se que parcela considerável da arquitetura brasileira contemporânea parece desconsiderar os ensinamentos do mestre, a respeito do fazer arquitetura e cidade. O resultado é algo que se assemelha a uma transposição para o século retrasado, para a arquitetura dos “arremedos postiços dos estilos históricos”. Assistimos hoje a uma efervescente produção de construções que poderiam perfeitamente fazer parte do rol apontado em 1930 por Lucio Costa, que escreveu: “fazemos cenografia, estilo, arqueologia, fazemos casas espanholas de terceira mão, miniaturas de castelos medievais, falsos coloniais, tudo, menos arquitetura”. Não fosse pelo descalabro de que fazem parte das muitas obras da novíssima geração de “arquiteturas” que estão sendo construídas nas principais cidades. Lucio Costa deu respostas integradoras à questão pertinente a este trabalho através da sua prática profissional absolutamente vinculada às constantes indagações a que submetia o seu fazer, oriundo de uma nova forma de pensar o projeto. Tais respostas foram traduzidas, sobretudo quando se dedicou quase que integralmente à pesquisa entre 1932 a 1935, no período que denominou de chômage e realizou as chamadas “casas sem dono”. Para assegurar melhores resultados, talvez seja imprescindível incorporar definitivamente ao processo de projetar esse modo reflexivo, no qual Lucio Costa foi mestre, ao fazer, partindo de um conceito, uma operação indissociável entre ensino e pesquisa que chega, como método, à prática. | pt_BR |
