dc.description.abstract | O exercício docente na faculdade de arquitetura e a prática da pesquisa científica impõem-nos, sistematicamente, à exploração dos fundamentos e perspectivas de abordagem do projeto. Entre eles, a restituição do estatuto conceitual da imagem tem recebido importante interesse, principalmente, na historiografia da arte contemporânea; aponta ao reconhecimento de sua condição produtiva como, também, à sua capacidade de abertura a outros planos do conhecimento. Estas considerações desenvolvem uma corrente de pensamento que tenta reverter a “posição” do objeto de estudo. Assim, não há prática nem estrutura que não seja produzida pelas representações (contraditórias) pelas quais os indivíduos lhe dão sentido ao mundo que lhes é próprio. Esta consideração da imagem como acesso ao conhecimento resulta particularmente pertinente na pesquisa da arquitetura, já que o próprio projeto parte de uma representação visual. Como conseqüência, a pesquisa sobre as obras, se vale da utilização intensiva dos meios com os quais o arquiteto procede, ou seja: os da representação gráfica, do desenho e da imagem. Desta maneira, explora diferentes aspectos do processo de concepção e materialização da obra. Isto não significa “olhar pelo olho da fechadura”, ou seja, desentender-se das condições de possibilidade de um determinado projeto em um determinado momento e lugar, tampouco, do campo intelectual-cultural no qual o projetista situa-se em determinada “posição”. Mas, ao contrário, inverter o paradigma, relocalizar o objeto de estudo. | pt_BR |