dc.description.abstract | Este texto analisa o ensino-aprendizado do processo do projeto arquitetônico com foco no desenho a mão livre, denominado croqui do arquiteto. Defende o desenho a mão livre como componente curricular fundamental da sua formação, por favorecer o desenvolvimento de capacidades e aptidões relacionadas à percepção espacial e sua representação, inerentes ao processo do projeto arquitetônico. Acredita que o ensino de arquitetura pode utilizar o desenho do croqui como forte instrumento didático, intrínseco aos vários momentos do processo projetual: como fonte de inspiração para a criação dos conceitos; como um sinal para novas possibilidades e problemas; como uma forma de revisão constante das concepções. Enfim, como um meio de disciplinar e organizar o pensamento para a materialização do projeto. Assim, tendo o projeto como investigação, se insere no eixo do IV Projetar 2009 denominado “Proposição”, pois pensa o projeto e seu ensino, evidenciando o conceito fundamental do desenho a mão que, como método de criação, lança a idéia, antecipa a realidade, aprimora conceitos e, no ir e vir do pensamento, faz confundir a lógica e a poesia. Fundamenta-se na teoria piagetiana para a compreensão da percepção e representação espacial e baseia-se em autores como Schön, sobre a relação professor-aluno no processo do projeto e Rozestraten, Laseau, Dorfman, Dourado e Lapuerta no que diz respeito ao significado do desenho no ensino e na prática profissional. Conclui que os problemas básicos da prática do croqui ligam-se às noções projetivas e métricas e determinam as demais relações existentes no desenho, como as estruturais, as compositivas e as simbólicas. E acredita que o desenvolvimento do “saber ver”, da prática do desenho, como conhecimento construído, incide em outras esferas da integridade humana, como a capacidade criadora e a sensibilidade artística. | pt_BR |