dc.description.abstract | O trabalho aqui apresentado aborda a questão do ensino do projeto urbano em ambientes históricos no Brasil, a partir da realidade do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (CAU-UFRN). Adotamos o eixo/atitude “Intervenção” pela sua pertinência com a questão do patrimônio. Aqui, interessa a dimensão setorial (LAMAS, 2004) e o projeto no espaço público. A partir desse recorte observamos que, se por um lado – no contexto do planejamento estratégico –, o projeto urbano se impõe com relativa autonomia, no processo de requalificação de sítios históricos, inúmeras são as críticas aos resultados alcançados. Jeudy (2005) observa a espetacularização e a banalização dos centros antigos, revelando, como diz Choay (2001), “efeitos perversos”, tais como a 'gentrificação' (Bidou-Zachariasen, 2006). Tal quadro requisita do estudante-projetista uma postura crítica e transformadora. Portanto, destacamos neste artigo a esfera das reflexões teórico-metodológicas sobre o projeto em contextos históricos, bem como dos procedimentos empíricos de seu ensino/aprendizado. A vinculação dos conteúdos de patrimônio e projeto nos CAUs do país aparece na Resolução nº 06/2006, muito embora o perfil generalista do profissional estabelecido pelo MEC (1994) e a autonomia das escolas para situar tais conteúdos em seus currículos revelem disparidades significativas. A partir da disciplina de Planejamento e Projeto Urbano e Regional V (PPUR V), do CAU/UFRN, observamos que o processo projetual em ambiente histórico demanda familiaridade com o tema e intenção de preservar valores simbólicos do sítio. Em PPUR V, valorizam-se os estudos precedentes – com destaque para o diagnóstico da área de estudo e a aproximação dos alunos com o debate crítico sobre o tema –, bem como o programa e o partido – aos quais se espera capacidade crítica e propositiva. Ainda assim, existe uma evidente demanda pelo aprofundamento e maturação dos procedimentos conceptivos de projeto. | pt_BR |