dc.description.abstract | Numa condição contemporânea em que aparentemente todos os valores que são sólidos se desmancham no ar, como falar de ética em um curso de arquitetura e urbanismo, em se tratando não apenas de ética profissional, mas daquela que embebe a própria produção dos espaços físicos, em todas as escalas, do edifício à cidade? A formação do arquiteto é igualmente, a formação do cidadão e os debates de cidadania não são apenas de questões participativas e/ou reivindicatórias, mas igualmente de questões físicas concretas, resultado de escolhas que são também, em última instância, políticas–“polis”– a cidade por excelência, nascida da atuação de seus membros, cidadãos. Se cada traço não pode deixar de ser opção e desígnio, não necessariamente a compreensão de suas conseqüências é imediata e, muito menos, evidente. De alguma maneira, a avaliação das propostas de arquitetura e urbanismo – seja no ensino, seja na prática – deve passar em algum momento por um estágio de reflexão acerca da postura ética que comparece no partido adotado, embora nem sempre de maneira clara. Este trabalho tratará de alguns aspectos da questão da cidadania amplo senso e de sua aplicação no ensino e prática de arquitetura. | pt_BR |