dc.description.abstract | Este trabalho pretende resgatar o conjunto do Instituto de Educação de Pernambuco, 1º lugar em concurso público organizado pelo IAB/PE, projetado em 1956, para a cidade do Recife, pelos arquitetos Marcos Domingues e Carlos Corrêa Lima. Este conjunto, considerado uma das mais importantes obras do modernismo de Pernambuco e que representa um excepcional valor para a história da arquitetura moderna brasileira, vem passando por significativas transformações. Lentamente, o conjunto vem sendo modificado, introduzindo transformações consideráveis na estrutura espacial e na composição originais. Na tentativa de reconstituir o projeto tal qual o original, verificamos uma arquitetura que se utiliza dos princípios do modernismo, mas não se conforma somente em copiar um modelo, e sim, em encontrar soluções para os problemas climáticos locais, dificuldades econômicas e limite de materiais industrializados para a construção. Através de plantas, desenhos, fotografias, jornais e revistas, existentes nos arquivos da cidade do Recife, e de entrevistas com os dois arquitetos, autores do projeto, foi traçado um percurso com o objetivo de evidenciar os valores arquitetônicos do conjunto, desde sua relação com o espaço urbano, suas qualidades formais e visuais, qualidades dos espaços interiores, até a configuração dos fechamentos e detalhes construtivos. A importância dessa análise está em reconhecer e destacar as decisões importantes do projeto, identificar o sistema de ordem, os critérios básicos e seus elementos de concepção. O projeto do IEP é protegido por lei municipal, porém, sua concepção original encontra-se bastante alterada. Embora classificado como Imóvel Especial de Preservação, o conjunto sofreu, e vem sofrendo várias alterações. Nesse sentido a pesquisa traz contribuições significativas, alertando para a perda da integridade do conjunto e para a necessidade de um trabalho de requalificação. | pt_BR |