dc.description.abstract | Georges Candilis, Alexis Josic, Shadrach Woods e Manfred Schiedhelm, coolaborador alemão, venceram, em 1963, o concurso para ampliação da Universidade Livre de Berlim, e a projetaram a partir de uma estrutura contínua que funciona como um conglomerado acadêmico coberto. Eles almejavam para a universidade uma estrutura formal que utiliza uma grelha como espinha dorsal gerativa composta por pátios e blocos conectados – ou seja, um sistema urbanístico que comportasse o “crescimento” e a “mudança” a partir de uma matriz comum, materializada na forma de uma rede fixa e permanente de ruas internas. Entre 1997 e 2005, Norman Foster intervém no projeto original, demolindo alguns módulos de sua estrutura original e inserindo um elemento radicalmente novo no icônico campus moderno, a fim de implantar a biblioteca da Faculdade de Filologia. Para abrir espaço para o novo edifício foram unidos seis pátios a partir da demolição do bloco edificado que os separava. O presente artigo propõe-se a investigar, dentro do eixo “intervenção”, o projeto original e as conseqüências desta recente intervenção na estrutura formal do edifício da Universidade Livre de Berlim, inserida no contexto de um projeto marcado por redes organizacionais mínimas. Além disso, busca esclarecer como esta estrutura formal marcada por repetições e por um sistema que teoricamente permite crescimento comporta-se ao receber um objeto singular. O artigo busca, também, questionar se a Universidade Livre, tal como foi construída, não acabou por se revelar, afinal, mais uma estrutura rígida do que compatível com o “crescimento” e a “mudança” desejados por Woods no memorial do projeto. | pt_BR |