dc.description.abstract | A cidade de São Paulo, identificada até a década de 70 por sua vocação fabril, vem diminuindo gradativamente sua participação na produção industrial do país desde os anos 1980. Neste processo tem-se verificado o fechamento de fábricas, acarretando na deterioração de suas estruturas e equipamentos o que freqüentemente tem levado à demolição de muitos exemplares interessantes - quer por seu valor como registro histórico, por suas qualidades arquitetônicas - em um processo potencializado pela voracidade dos negócios imobiliários na cidade.1 Figura 1: SESC Pompéia Exceção notória a esse alarmante processo, é o SESC Pompéia, de Lina Bo Bardi, (1977-1984). Antiga fábrica de tambores, seus atributos arquitetônicos foram aspectos entendidos pela arquiteta como dotados de valor e dignos da preservação, reconvertidos por um projeto arquitetônico cujas qualidades são reconhecidas internacionalmente. Sugere-se que o reconhecimento do potencial econômico que a reconversão de exemplares de arquitetura industrial pode oferecer, em decorrência de sua qualidade arquitetônica e pelas relações peculiares que estabelecem com a cidade em razão de seu programa, sua escala e da época em que foram construídos, pode consistir em importante fator de preservação destes edifícios. Este artigo busca contribuir com algumas reflexões a respeito da relação entre os conceitos de valor econômico e valor cultural nos projetos de reconversão de edifícios. | pt_BR |