dc.description.abstract | Nos concursos de arquitetura à representação do projeto cabe defender à proposta de uma equipe, devendo ser inteligível tanto para um júri especializado, suscetível a uma linguagem mais abstrata, quanto para um público leigo, mais facilmente seduzível por representações mais figurativas. Conforme Durand (2003), os modos de representar se relacionam com a concepção, divulgação e a execução bem como com o seu público alvo, e para Tostrup (1999), peças gráficas como plantas, elevações, e perspectivas, além das representações textuais são peças retóricas que têm um potencial, cada uma, de comunicar valores distintos do projeto. À luz desses autores, este artigo discute a coerência entre as representações gráficas e textuais utilizadas por três escritórios de arquitetura – Corradini, Dalpian, Eduardo Lúcio – por ocasião do concurso para o Teatro de Natal, em 2005. Para isso, cotejou-se o memorial descritivo e peças gráficas dos projetos desses concorrentes para identificar a coerência entre essas representações. O artigo discute as possíveis influências das estratégias de persuasão na avaliação e julgamento do projeto e pretende, quiçá, que tal discussão se torne matéria de interesse para professores e projetistas, ao incitar uma postura crítica em relação às estratégias de representação. | pt_BR |