dc.description.abstract | A Arquitetura Moderna entende que o espaço deve ser um contínuo unitário, sem a separação entre exterior e interior, que os edifícios devem tornar-se transparentes, o máximo possível, e as paredes, desaparecer, junto com a compartimentação interna. Neste contexto, parece impossível que o arquiteto moderno não pense na ambientação de interiores. E a maioria faz isto, realmente; são conhecidos vários projetos de Frank Lloyd Wright, Mies van der Rohe e Le Corbusier, entre outros tantos, em que a proposta não fica apenas na resolução do edifício. Apesar desta ser uma dimensão fundamental, existe pouquíssimo material organizado sobre o assunto, bem como uma discussão crítica e sistematizada a seu respeito. Além de tentar preencher parte desta lacuna, este trabalho pretende, de forma geral, a ampliação do espectro de análise do projeto moderno, através da inserção da variável da ambientação de interiores, o que possibilitaria uma visão mais abrangente e completa daquela produção. Especificamente, através da descrição e análise de obras de Le Corbusier produzidas entre as décadas de 20 e 30, onde é comum encontrar peças de desenho moderno em convivência harmônica e proposital com mobiliário rústico, antigo ou comum, verificar quais são as referências do projeto corbusiano, além do automóvel, do navio, do transatlântico e do silo, assim como analisar quais, e em que intensidade, algumas características ecléticas aparecem em seu trabalho. | pt_BR |