dc.description.abstract | Os croquis são comumente vistos como ferramentas importantes no processo de projeto em arquitetura. A perspectiva tradicional encara o croqui tanto como ferramenta de organização como artifício formal na busca da melhor solução para um projeto, esteticamente e programaticamente. (Lawson in: Edwards, 2005, p. 273). Podemos considerar, com efeito, que os croquis tem o potencial de contribuir em grande medida na concepção arquitetônica de um edifício. Embora concordando com esta visão, a questão em torno da qual o artigo desenvolve-se é a "construção" de uma habilidade do arquiteto, a de desenvolver e sofisticar conceitos por meio da atividade de traçar marcas no papel, ou seja, fazer croquis. A argumentação desdobra-se em dois estágios: no primeiro desenvolve-se a idéia de que desenhar é uma habilidade adquirida e desenvolvida por meio de esforço ao longo do tempo; no segundo sustenta-se que esse esforço é realizado sob a lógica de uma ou mais narrativas, dentro das quais o croqui assume seus sentidos e significados. No primeiro estágio o conceito subjacente é o de que, como ferramenta, o croqui transforma aquele que o desenha; o segundo estágio examina alguns aspectos desse processo sob a perspectiva da influência das narrativas. | pt_BR |