ENSINO DE PROJETO E PRESERVAÇÃO: REFLEXÕES E PRÁTICAS DIDÁTICAS.
Abstract
RESUMO Embora as práticas profissionais nas áreas de preservação, conservação e restauração tenham ocorrido desde o final da década de 1930, com a criação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional -IPHAN - e tenha se consolidado a partir do final da década de 1970, com a criação dos órgãos de preservação estaduais e municipais, os conteúdos referentes à preservação do patrimônio urbano e arquitetônico das cidades foram incorporados aos currículos dos cursos de arquitetura e urbanismo apenas a partir de 1996, após as discussões sobre a reestruturação curricular de 1994. Entretanto, não há, até o momento, uma definição ao nível nacional dos conteúdos que devem ser ministrados nestas disciplinas no ensino de graduação, nem mesmo de nomenclaturas e a questão tem sido tratada com certa autonomia dentro dos currículos das escolas. Noções de teoria da restauração e de preservação de conjuntos históricos, há muito tempo já tratadas ao nível de pós-graduação, história das técnicas construtivas, história da preservação no Brasil, são conteúdos que se alternam com exercícios de simulação de intervenções em edifícios ou áreas históricas, embora estas duas abordagens nem sempre estejam presentes nessa disciplina, nos cursos de arquitetura. Desde 1997, estes conteúdos foram tratados em cursos de especialização e em trabalhos de pesquisa de Iniciação Científica orientados por mim, na PUC-Campinas, na atividade de TFG – Trabalho Final de Graduação e, a partir do ano de 2004, também por meio da disciplina Projeto e Patrimônio, ministrada no 3º ano do curso. Portanto, esta comunicação é a tentativa de enumerar os problemas com que nos defrontamos ao tentar recortar, neste universo de conhecimentos, os elementos essenciais para a formação (generalista) do arquiteto, que lhe possibilite discernir com segurança o novo campo de problemas que se apresenta e a postura e os instrumentos adequados para sua solução. ABSTRACT In spite of the occurrence of professional practices of preservation, conservation and restoration since the end of the thirties, resulting from the creation of the Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN – and its consolidation in the end of the 70’s with the creation of the state and city preservation services, the subject of the urban and architectural heritage preservation was only included in the architecture and urbanism courses curricula after 1996, after the curricular restructuring discussions of 1994. There is not yet, however, a national definition of the contents that must be taught in these graduation teaching disciplines, not even the nomenclatures, and the issue has been dealt with some autonomy in the schools curricula. Notions of restoration theory, and historic ensembles preservation, long since taught in the postgraduate level, constructive techniques history, history of preservation in Brazil, are contents that alternate with exercises of simulated interventions in historic buildings or areas, even though these two approaches may not always be part of this discipline in the architecture courses. Since 1997, these contents were dealt with in specialization courses and in research works of Scientific Initiation oriented by me in PUC-Campinas, in the TFG – Final Graduation Work and after 2004 and also in the discipline Project and Heritage, taught in the third year of the course. Therefore, this communication aims at enumerating the problems we face when we try to isolate from this knowledge universe the essential elements for the (generalist) education of the architect, that allow him to discern with certitude the new body of problems that show up and the proper attitude and instruments for its solution.