dc.description.abstract | As artes em geral sempre mantiveram um estreito vínculo com as recordações geradas através da experiência humana, no sentido em que o produto oferecido pelo artista muitas vezes revela o caminho recorrido por este até a criação do objeto cultural. É comum ao investigarmos determinado personagem, aportar-se em uma ou no conjunto de algumas obras produzidas por este, como uma simples desculpa para descobrir de maneira mais coerente e segura, as experiências ou acontecimento que foram determinantes no resultado final do objeto cultural. Neste sentido a obra se origina através do conjunto das recordações das experiências vividas pelo artista que são explicitadas mediante um processo de ativação da memória que muitas vezes ocorre de forma abstrata. Assim, pode-se afirmar que a memória possui uma profunda relação com os fatos históricos passados, sendo utilizada como ferramenta de composição do projeto. Ao longo do desenvolvimento da arquitetura, a pré-existência de edifícios com valores históricos serviu de base para uma série de produtos contemporâneos que buscaram a partir do significado destes objetos, justificarem determinadas intenções projetuais. Este histórico arquitetônico serve como auxiliar no método de projeto contemporâneo na medida em que determina diretrizes projetuais que formam parte do que conhecemos hoje por contextualismo. Partindo de uma série de exemplos arquitetônicos construídos ao longo do século 20 onde a ferramenta da contextualização é utilizada, demonstraremos que um conjunto de preexistências é capaz de gerar um processo de projeto qualificado, onde a arquitetura resultante é de certa forma, o produto da memória individual ou coletiva de uma sociedade. | pt_BR |