Turismo cultural na ZEPH-Ribeira: possibilidades e limitações.
Abstract
Ao considerar que intervenções urbanas, previstas e executadas recentemente em Natal, RN, devam inserir a Ribeira – um dos núcleos fundadores – nos novos limites do centro expandido da cidade, este trabalho analisa a utilização desta nova acessibilidade (facilidade de acesso) em benefício do surgimento de uma infra-estrutura de apoio a um tipo de turismo visto atualmente como alternativa de diversificação para áreas monopolizadas pelo turismo de sol e mar (caso da capital potiguar). Sede de equipamentos culturais tradicionais da cidade e detentor de um conjunto edificado que é uma das imagens síntese do bairro, teme-se que este aumento no potencial de movimento e fluxos de usos estimule a especulação imobiliária e a implantação em massa de um tipo de atividade incompatível com a preservação do patrimônio arquitetônico. Importante setor da economia natalense, o turismo vem se mostrando uma atividade propulsora de transformações urbanas relacionadas a mudanças na acessibilidade. Argumenta-se que o turismo cultural, freqüentemente utilizado em planos e projetos de intervenção em todo o País, possa ser fator de desenvolvimento sustentável e de conservação do patrimônio (material e imaterial), contribuindo para o processo de revitalização da Ribeira como centro histórico-cultural. Com a intenção de ilustrar a necessidade de se considerar outras informações que possam vir a ajudar nesse processo, esta pesquisa expõe a oferta turístico-cultural da Ribeira e identifica e mapeia determinados atributos físicos que, aliados a características funcionais, podem incentivar ou inibir a diversidade e a vitalidade na região