O CAVALO DE BATALHA MODERNO: [R]EXISTÊNCIAS, DEBATES E POSSIBILIDADES EM TORNO DO CASO DO HOTEL INTERNACIONAL REIS MAGOS
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Date
2017-07-01Author
Dantas, George
Nascimento, Jose Clewton
Araujo, Natalia
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RESUMO Este artigo é um exercício de memória e resistência, com inegável sentido de relato quase jornalístico. Pela memória, presta-se a registrar o passo a passo das discussões e querelas que se formaram em torno dos intentos de demolição do Hotel Internacional Reis Magos (HIRM) a partir dos últimos meses de 2013. Pela resistência, serve como mapeamento de erros e acertos, dos limites e possibilidades do debate sobre as questões arquitetônicas e urbanísticas e, em especial, das patrimoniais quando assomam à esfera pública. Como uma das questões de fundo, ilumina-se com nitidez as dificuldades de compreensão do acervo da arquitetura modernista como patrimônio, cuja possibilidade de restauro, preservação e reuso muitas vezes nem se coloca. E, cabe enfatizar, essa dificuldade vem à tona mesmo entre os colegas arquitetos e urbanistas, engenheiros ou do campo das artes em geral. Parece que a questão do patrimônio, a despeito dos inúmeros avanços nas experiências projetuais e do acúmulo de discussões e formulações teóricas e conceituais, não consegue escapar, ao menos na esfera pública, da ideia do tombamento. É possível construir um novo campo discursivo em prol de uma noção de tombamento que possibilite albergar intervenções contemporâneas? ABSTRACT This article is an exercise of memory and resistance, with an undeniable sense of quasi-journalism. Through memory, it registers the storyline and the details of the arguments and complaints about the intended demolition of Hotel Internacional Reis Magos, since late 2013. Through resistance, it works as a register of mistakes and successes, limits and possibilities created when constructing a debate about architectural, urbanistic and (in particular) heritage-related questions. As one of the background questions, it enlightens the difficult recognition of modern architecture as heritage, whose possibilities for restoration, preservation and reutilization are often not even considered. It is important to stress that this difficulty comes out even among fellow architects and urbanists, engineers and artists. It seems that the heritage question, in spite of countless advances in conceptual experiences and the accumulation of theoretical and projectual formulations, cannot escape, at least at the public sphere, from the idea of listing. Along with this idea, fear and resistance from complete “freezing” contribute to stir up the disputes. Which alternatives are there to surpass this dichotomy? Is it possible to build a new discourse towards an idea of listing that makes it possible to include contemporary interventions?