| dc.description.abstract | Existe contradição em esperar som da arquitetura? Na verdade, arquitetura e som são indissociáveis, na medida que todo espaço apresenta uma determinada sonoridade, mesmo se a acústica não foi considerada conscientemente como um condicionante de projeto. Assim, se não há como desvincular som da arquitetura, então por que desconsiderar o som do projeto arquitetônico? E mais, por que não integrar o som como uma variável estética na concepção dos espaços? Desta forma, a idéia principal do presente trabalho é a de que o processo de concepção da arquitetura envolve também a materialização de um espaço acústico. Entretanto, considerações sobre a acústica nas edificações têm sido reduzidas à avaliação stricto sensu ou à luta contra o ruído. O estudo em termos da percepção sonora em arquitetura tem sido realizado apenas em ambientes onde sua aplicação se faz mais óbvia, tais como em teatros, salas de concerto, auditório, etc. A partir dessas premissas, podemos pensar em processos de concepção de projetos arquitetônicos e urbanísticos que integrem criativamente o som como variável também estética, ao contrário simplesmente de estudos de ajustamentos técnicos ao projeto concebido, para adequação dos ambientes a situações acústicas supostamente consideradas “ótimas”. Concluindo, sugere-se uma formalização do processo de concepção da arquitetura, incorporando aspectos acústicos qualitativos ao projeto de arquitetura, com a finalidade de se construir uma arquitetura acústica, que nada mais é do que a arte de projetar espaços sonoros. | pt_BR |
