Lendo trajetos em museu-paisagem: Um estudo de wayfinding no Instituto Inhotim, Minas Gerais
Abstract
Ocupando 786 hectares de Mata Atlântica, o Instituto de Arte Contemporânea do Inhotim está situado em Brumadinho, Minas Gerais, Brasil. Na paisagem, composta por montanhas, lagos e muita vegetação, distribuem-se várias galerias e grande quantidade de obras de arte contemporânea. Tal situação instigou a realização desta pesquisa, centrada na inter-relação do público/visitante com o museu, em especial, na legibilidade do espaço e em como os visitantes se orientam no local. A base analítica do estudo são as noções de wayfinding e legibilidade ambiental, complementadas pelos conceitos de continuum experiencial, habitus e espaço-limite. Metodologicamente foram realizadas: análise documental; observação participante; entrevistas com pesquisadores e curadores; aplicação de 120 questionários com visitantes, instrumento que continha um mapa do local sobre o qual o participante deveria desenhar o trajeto realizado durante a visita e destacar pontos que chamaram sua atenção. Conclui-se que: (i) o público aparenta valorizar mais os ambientes naturais (parque/jardim) do que os construídos (galerias); (ii) os trajetos são definidos de maneira espontânea, sob a influencia dos elementos da natureza e das obras de arte, entendidos como marcos na paisagem.