Entre a memória e a amnésia: a nova arquitetura e a dimensão tectônica como protagonistas no projeto de intervenção no patrimônio cultural edificado - o papel da formação profissional
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Date
2017-11-01Author
Veloso, Maisa
Andrade Silva, Heitor de
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Neste artigo, refletimos sobre o papel do novo e da dimensão tectônica na preservação do patrimônio cultural edilício. Para tanto, abordamos, inicialmente, os conceitos de patrimônio cultural ampliado e de áreas consolidadas de patrimônio cultural; em seguida, as teorias do restauro e as teorias da arquitetura contemporânea, considerando a arquitetura (de qualidade) como protagonista na intervenção para fins de preservação e valorização do patrimônio edificado; e, por fim, o papel da formação do arquiteto para atuação qualificada nesse campo o que inclui, além de consistência teórico-conceitual, a consideração da dimensão tectônica no projeto de intervenção. Destacamos, ainda, o desafio do ensino no atual contexto de uma “cultura do novo”, que incorpore o protagonismo arquitetônico na conservação do patrimônio cultural, hoje contemporâneo, amanhã referência de um tempo e lugar. A discussão baseia-se na revisão de literatura que consideramos pertinente a esse tema e na nossa experiência de ensino e pesquisa nesse campo ao longo das duas últimas décadas. Concluímos que, em sendo a formação superior generalista, a graduação em arquitetura no Brasil não forma especialistas em restauro, muito menos com conhecimento técnico qualificado. Assim sendo, a inserção de novas arquiteturas, que assumem a sua contemporaneidade e tectonicidade, pode contribuir para a preservação do preexistente, quando integradas ao seu contexto. Esta é uma prática que deve ser, portanto, exercitada na formação profissional, fomentando práticas de construção de cidades que expressem o diálogo do novo com o antigo.