dc.description.abstract | Nesta comunicação propõe-se a realização de um inventário parcial sobre a arquitetura encontrada no campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Busca-se sublinhar para as edificações examinadas, além de suas características formais exteriores, os modos de implantação no lote e as suas articulações e desarticulações com o entorno. Constata-se que grande parte dessas obras carece de um projeto, no sentido daquele esforço intelectual que distingue o projeto da simples representação gráfica. Por isso, são obras sem referência histórica e sem imaginação criadora; e por isso, embora utilizáveis, não são belas. Elas apresentam as marcas do autoritarismo, da improvisação e da imprevidência. São construções erguidas sem um plano previamente elaborado e sem obedecer a regras previamente estabelecidas. O resultado deste procedimento tem sido a construção de um campus com um desenho confuso, com um sistema viário precário e insuficiente e com uma arquitetura empobrecida e feia. Essas obras desconsideram o fato de que a construção de um prédio produz novos fluxos de pessoas e de veículos, demandando a construção de mais vias, passeios, estacionamentos e de outras obras de infra-estrutura. Não observam a necessária articulação e balanceamento entre área construída e áreas livres e verdes. E, salvo as exceções, vêm sendo construídas sem a expressão de um caráter plástico e estético que as eleve à condição de arquitetura. | pt_BR |