dc.description.abstract | No final dos 60, construiu-se em Fortaleza os primeiros projetos expressivos de um momento da arquitetura brasileira, que se manifestava desde os anos 50, nomeado posterirormente de Brutalismo: residência J. Macedo (67) e Palácio da Abolição (70). A partir de então, se desenvolveu na cidade uma prática arquitetônica vinculada à nova sensibilidade, tendo se realizado diversas obras institucionais de porte e grande número de casas e edifícios residenciais. Apenas em fins da década de 1980 esse modo construtivo começou a ceder espaço para novas tecnologias e modas. Nos últimos anos, porém, projetos de médio porte com as características brutalistas têm aparecido na cidade, configurando, pela quantidade, um fenômeno não isolado que, entre outros fatores, pode estar relacionado com a importância que as construções desse estilo tiveram na história local; prédios que ainda acolhem a vida pública e particular, conectados com os sistemas gerais da sociedade há décadas. Assim, o artigo lança um olhar sobre esse fenômeno atual e comprometido com um momento projetual anterior, levantando, inicialmente, questões de linguagem, continuidade-descontinuidade, centro-periferia, práticas e tipologias, apoiado em Marina Waisman; posteriormente, através de análises críticas referenciadas, são estudadas cinco obras recentes, relacionando-as com o inventario da arquitetura institucional de Fortaleza, 1970-88, parte da dissertação de mestrado deste autor, desenvolvida na Universidade Mackenzie sob orientação da Drª Ruth Verde Zein (2014). Espera-se estimular a percepção da arquitetura de Fortaleza, as conexões com seu passado recente e formas de renovação, conhecimentos que podem ser significativos para a atualidade e para os processos de criação. | pt_BR |