dc.description.abstract | O termo poética da economia foi criado pelo Grupo Arquitetura Nova (GAN), dos arquitetos Flávio Império, Rodrigo Lefévre e Sérgio Ferro no Brasil dos anos 1960. O GAN defendeu uma expressão estética baseada no uso de tecnologias construtivas alternativas, não convencionais, flexíveis, de baixo custo, livres dos maneirismos técnico-construtivos modernos e que levasse em consideração a organização do trabalho para uma criação coletiva. Segundo Arantes (2002) a poética da economia relaciona-se com os mutirões, com uma crítica à escola paulista de Artigas e seguidores e a expressão estética do sistema de abóbadas. Koury (2003) traz reflexão sobre a “origem” do termo, relacionando a poética da economia com o conceito de mínimo útil, mínimo construtivo e mínimo didático necessário, o indispensável, a eliminação do supérfluo, economia de meios para a formulação da nova linguagem arquitetônica, tudo atrelado à realidade histórica. A produção arquitetonica contemporânea mundial, que ocupa os editoriais das revistas especializadas, os circuitos internacionais de exposições e competindo em prêmiações, segundo Arantes (2012) não sofre restrições orçamentárias, são dispendiosas e marcadas pela opulência. O interesse econômico globalizado das grandes empresas de construção civil, tem gerado obras despreocupadas com a produção social do espaço, distanciando o caráter social que a arquitetura sempre ocupou no Movimento Moderno. A poética da economia não tem repercutido na formação do arquiteto brasileiro pois de acordo com Spadoni (2003), são experiências que se apagaram no tempo. O artigo busca resgatar o tema, recuperando o aprendizado do passado, como uma lição a ser reaprendida na atualidade. | pt_BR |