dc.description.abstract | A produção de moradias no Brasil muitas vezes transforma o meio ambiente e a paisagem urbana sem considerar as pessoas e sem assegurar seu direito à cidade, aos espaços públicos, aos serviços básicos de saneamento e infraestrutura, agravando ainda mais o cenário de elevada vulnerabilidade socioambiental. Parte dos atuais problemas e a evidente ausência de qualidade em diversos desses conjuntos decorre desse não interesse pelo todo, do território no seu conceito amplo. Este artigo apresenta uma proposta para que o desenho urbano seja adequadamente incorporado às áreas habitacionais de interesse social, no sentido de torná-las territórios habitacionais plenos e produzindo assim, um ambiente urbano que promova a qualidade de vida. Para tanto, o desenho urbano é considerado um conceito promotor do valor multidimensional e de qualidade, contribuindo para que a questão habitacional se realize de forma mais abrangente na sua relação com a cidade. Os aspectos prioritários do desenho urbano foram identificados a partir de uma revisão teórica conceitual que delineou uma agenda para o desenho urbano no processo de projeto de moradias. Esta agenda também orientou um método para identificação e expressão do valor percebido e hierarquizado por moradores, que foi aplicado em três bairros distintos localizados na região metropolitana de Campinas, SP. O resultado possibilitou a hierarquização dos conceitos da agenda do desenho urbano. Com este processo, foram organizados critérios e diretrizes que podem ser utilizados na elaboração do projeto de conjuntos habitacionais, no sentido de potencializar a qualidade de vida e o direito à cidade. | pt_BR |