A Contribuição de Exercícios Práticos na Construção de Conceitos Formais e Espaciais como Base para a Concepção Plástica e Conceitual de Projeto Arquitetônico

Abstract

O presente artigo analisa as experiências práticas realizadas na disciplina de Atelier e Maquetaria II que acontece no segundo semestre da graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade X e oferece apoio ferramental aos Projetos Arquitetônicos no que tange a criação, o desenvolvimento e a experimentação de conceitos básicos de percepção da forma e do espaço, imprescindíveis na concepção plástica e conceitual de projeto. Espontaneamente, o espaço se experimenta como o dom que precede aos objetos inseridos nele, como o meio em que toda a coisa assume seu lugar. Sem oferecer nosso respeito à maneira espontânea e universal de observar o mundo, não poderíamos esperar entender a natureza da arquitetura como uma distribuição de edifícios situados em um espaço dado e contínuo. O desenvolvimento da disciplina compreende três etapas principais: biônica arquitetônica, composição de sólidos volumétricos e relações espaciais a partir de planos. Entre os objetivos dessas ações está: desenvolver a capacidade de criação de formas de grande componibilidade a partir de elementos formais e visuais diversos; e ampliar a percepção das relações e interações entre a estrutura básica, o volume do objeto na composição e os espaços resultantes. Por meio destas práticas, o discente vivencia conceitos como abstração e síntese formal, espaço, ordem, equilíbrio, proporção, ritmo e mobilidade, de uma forma lúdica e empírica. Com esses conhecimentos, torna-se possível, a análise de um objeto arquitetônico do ponto de vista formal para compreender a unidade do todo, isto é, analisar as partes como elementos volumétricos/massas, espaço e superfície, bem como as suas relações em sistemas tridimensionais. Nesse artigo são relatados exemplos de exercícios práticos desenvolvidos na disciplina e analisados seus posteriores desdobramentos. Os resultados apontam uma familiaridade e domínio desses conteúdos que afloram espontaneamente na prática do projeto.