dc.description.abstract | Atualmente, a inserção da perspectiva do usuário no processo de concepção projetual vem sendo bastante discutida não apenas no âmbito arquitetônico, mas também em áreas afins como psicologia e sociologia, ressaltando o caráter ativo e dinâmico da ação humana nos ambientes e vice-versa. Neste contexto, a Avaliação Pós-Ocupação (APO) desponta como um importante mecanismo de crítica e alimentação de novos projetos arquitetônicos, priorizando as necessidades e percepção dos usuários, e aplicando técnicas e conceitos complementares, tais como o Repertory Grid (Kelly, 1955) e análise de behavior settings (Barker, 1968). Dentre outras implicações, a APO pode gerar subsídios para a elaboração de normas construtivas, a partir de estudos múltiplos realizados em edificações de usos similares. Exemplificamos esse uso através do estudo de edificações para cursos pré-vestibulares, que, inseridas num contexto peculiar, esse setor preocupa pela falta de regulamentações que o reja, tanto no sentido educacional, quanto no sentido construtivo, encontrando condições propícias para o seu crescimento e estabelecimento no mercado. Assim, estas instituições ditam suas próprias regras e, muitas vezes, impõem aos usuários más condições de estadia, situações estressantes e exposição a riscos de vida sérios e desnecessários. Admitindo-se uma vida longa para estes tipos de cursos, torna-se urgente sua vinculação a um órgão educacional competente, bem como a elaboração de normas construtivas que, atendendo as suas necessidades específicas, possam guiar futuros projetos arquitetônicos de cursos preparatórios. Esse trabalho surgiu com a intenção de traçar tais diretrizes. | pt_BR |