dc.description.abstract | Em alternativa às tipologias que impõem regras de convivência que não espelham a dinâmica social de comunidades tradicionais, o presente exercício projetual propõe um modelo de conjunto habitacional de interesse social partindo da interpretação das dinâmicas sociais e comportamentais da população de origem. O objeto de estudo é a comunidade ribeirinha do Porto do Capim em João Pessoa, que há mais de cinquenta anos mantêm vivas a cultura e suas tradições de vinculo forte com o Rio Sanhauá, e está atualmente sujeita ao risco de remoção. O projeto da Prefeitura Municipal de João Pessoa pretende criar uma enorme esplanada para eventos, realocando-os em pequenos apartamentos, nos modelos recorrentes ao programa Minha Casa Minha Vida, que não atendem às demandas da comunidade. Para mostrar que é possível outra alternativa que não seja a tabula rasa, os alunos da disciplina Projeto de Edificações V, do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), desenvolveram uma proposta em que somente as famílias situadas na área de risco fossem realocadas para uma área próxima da origem. Objetivando o respeito às especificidades locais onde, notadamente, há um forte vinculo de seus habitantes com os quintais, ou seja, com o espaço térreo, o projeto decidiu pela elaboração de diversas tipologias de casas, de tamanhos diferentes, porém com espaços livres, no térreo, semelhantes. Dessa forma, as casas seriam distribuídas às famílias de acordo com as suas demandas específicas de espaço. Casas flexíveis para famílias em constante mudança. | pt_BR |