| dc.description.abstract | RESUMO Após a retomada contextualista das últimas décadas, o pensamento arquitetônico atreve-se novamente a assumir o enfrentamento da inserção de novos edifícios em contextos urbanos consolidados. Porém não se trata mais de uma abordagem positivista, através da imposição de uma nova ordem racional ou de uma cidade ideal como desejava o ideário moderno. Surge muitas vezes da simples originalidade programática. Novas intervenções de caráter urbano que se fazem necessárias ciclicamente devem levar em consideração a sua condição complementar do espaço já constituído. O processo contemporâneo de projetos inseridos em contextos urbanos já não é mais a construção do objeto em relação a um conjunto, mas sim a complementação do espaço desse mesmo conjunto. Toda nova proposta arquitetônica deveria passar pela revisão do espaço construído e do espaço livre da cidade herdada. A intervenção não elimina o pré-existente, mas ao contrário o re-qualifica e se apóia nos parâmetros dados pelo contexto edificado, em uma articulação do novo com o antigo, através do estabelecimento de uma costura tanto dos edifícios quanto dos espaços livres e suas dinâmicas. Tratamos de uma nova ordem que poderíamos chamar de edifícios de responsabilidade urbana. Implica obrigatoriamente no entendimento da imposição de reparar, de recompor, danos causados às nossas cidades e da impossibilidade da omissão perante o futuro. Este ensaio apresenta a experiência desenvolvida na disciplina de projeto no 4º ano do Curso de Arquitetura e Urbanismo, atendo-se ao conteúdo programático e à reflexão acerca dos resultados obtidos. O curso volta-se às possibilidades de se repensar áreas centrais em transformação da cidade de São Paulo, onde a avaliação das preexistências e a proposição de novas hipóteses espaciais e programáticas colocam-se a partir de um território urbano configurado historicamente e que passa a ser objeto de investigação frente às questões postas à cidade contemporânea. ABSTRACT After the contextualist retaken of the last decades, the architectural thought dares to assume again the confrontation of the insertion of new buildings in consolidated urban contexts. However, a positivist approach is not treated anymore through the imposition of a new rational order or an ideal city as it desired the modern movement. Instead of it, it could appear many times just by the programmatical originality. New interventions of urban character, cyclically necessary, must take in consideration its complementary condition of the consisting space already built. The contemporary process of projects insertion in urban contexts is not the construction of the object in relation to a set anymore, but the complementation of the preexisting urban space. All new architectural proposals would have to pass through the revision of the constructed space and the opened space of the inherited city. The intervention does not eliminate the preexisting one, but in contrast emphasizes its characteristics and is supported by the parameters given for the built context, in a joint of the new with the old one, through the establishment of a suture in such a way of the buildings as the opened spaces and its dynamics. We deal with a new order that we could call buildings of urban responsibility. It obligatorily implies in the agreement of the imposition to repair damages to our cities and the impossibility of the omission before the future. This assay presents the experience developed in disciplines of project in 4º year of the Course of Architecture and Urbanism, in relation to the content to it program and to the reflection concerning the gotten results. The course turns it the possibilities of if rethink central areas in transformation of the city of São Paulo, where the evaluation of the preexistences and the proposal of new spaces and programmatical hypotheses are placed from a historically configured urban territory and that passes to be object of inquiry front to the questions about the contemporary city. | pt_BR |
