dc.description.abstract | A tectônica, noção resgatada da teoria alemã do século XIX pelo professor norte-americano Kenneth Frampton, revela uma qualidade que certas obras possuem ao manifestarem o equilíbrio entre espacialidade e expressão construtiva, o que seria para muitos a própria essência da arquitetura. É nesse sentido que Frampton no seu livro, Studies in a tectonic cuture, em 1995, faz uma releitura de obras modernas da arquitetura do século XX, analisando as interações entre essas duas ordens de determinação da arquitetura. Esses “valores”, espacial e estético-construtivo, caracterizam a arquitetura moderna: um movimento que vai buscar nos novos materiais e técnicas uma nova ordem estética, baseada na emoção do construir. Tomando como objeto a arquitetura brasileira seria essa afirmativa pertinente à arquitetura moderna brasileira? A reconhecida qualidade da arquitetura moderna brasileira está ligada aos atributos tectônicos? Essa é a questão que permeia o nosso trabalho, que tem como objetivo principal averiguar se efetivamente a tectônica preside a concepção e a materialização da arquitetura moderna brasileira, conferindo a qualidade que lhe é reconhecida, ou se não há algo de estilismo nessa (aparente) racionalidade construtiva. O presente trabalho, quanto aos seus objetivos, se insere no tipo de pesquisa analítica e interpretativa, utilizando-se da observação direta e análises de projetos e obras da arquitetura moderna brasileira, mais precisamente aquelas situadas, entre os anos 1930 e 1965. A arquitetura por ser passível de qualificação, define a pesquisa, quanto à sua abordagem, como qualitativa. O trabalho utiliza como procedimentos técnicos estudo de casos múltiplos. | pt_BR |