dc.description.abstract | No cerne do debate arquitetônico a partir dos anos 1960 nos deparamos, entre os vários pontos em discussão, com a crítica aos arquitetos modernistas devido ao seu “desprezo” pelo lugar e/ou contexto. A crítica, que acontece dentro de um clima de frustração com o movimento moderno, pode ser situada em dois pólos, um americano e outro europeu. Não obstante toda a crítica pós-moderna na Europa e nos EUA, no tocante a questão do contexto e do lugar na arquitetura moderna, a historiografia sobre a modernidade arquitetônica brasileira, diferentemente, sugere que os arquitetos modernistas teriam respeitado o contexto e o lugar, na medida em que fizeram adaptações ao clima, respeitaram tradições e incentivaram soluções vernáculas. Soma-se a isso o fato de que a crítica pósmoderna teve pouca repercussão no país durante os anos 1960. Enquanto o modernismo internacional era minado pela crítica liderada por americanos e italianos, a arquitetura moderna brasileira atingia o seu auge com a construção de Brasília. Diante deste breve panorama, o objeto de pesquisa a ser trabalhado é a noção de contexto nos discursos e projetos de arquitetos modernos brasileiros. De modo geral, a tese em desenvolvimento se propõe a revisar os modos de adequação da arquitetura moderna brasileira ao lugar, tendo como ponto de partida os escritos dos próprios arquitetos modernistas. Questiona-se como a noção de contexto estava presente no discurso e no projeto, e como estes profissionais lidavam com a adaptação do edifício ao meio. O objetivo geral da pesquisa é, portanto, entender a noção de contexto para os modernistas brasileiros e, a partir dela, verificar as estratégias de projeto relacionadas com esta questão. | pt_BR |