dc.description.abstract | O trabalho que se propõe apresentar visa ampliar o conhecimento sobre modos de apropriação e usos do espaço em moradias de baixo custo em Parnamirim, RN, através de estudo morfológico comparativo dos arranjos e articulações espaciais em três casos de manifestações configuracionais distintas, mas inter-relacionadas, de habitação social: (1) um conjunto de 21 moradias autoconstruídas em vias e terrenos irregulares de loteamento inicialmente projetado para parque industrial; (2) a casa projetada por profissional arquiteto e construída pelo poder público para abrigar as 21 (e outras) famílias ocupantes das moradias autoconstruídas; e (3) alterações realizadas pelos moradores nas casas construídas pelo poder público, após um ano de ocupação, no total de 24 casas. Foram representados, em planta baixa, os usos predominantes de cada ambiente componente das moradias autoconstruídas e casas novas-transformadas, através de observações empíricas e de entrevistas com os moradores, e aplicados procedimentos de análise morfológica de natureza predominantemente geométrica (específicos) e topológica (análise sintática do espaço). Buscou-se identificar uma escala de prioridades quanto à disponibilidade e usos de cada ambiente, seu arranjo (relações de adjacências, frente/fundos etc) e a estrutura subjacente a esses arranjos (conectividade, profundidade e integração espacial) visando estabelecer congruências e incongruências entre a lógica sociocultural embutida no espaço doméstico autoconstruído e a lógica projetual das casas oferecidas pelo poder público. A análise comparativa aponta a convivência de duas tendências: uma que parece reforçar a lógica projetual, na medida em que os acréscimos e mudanças feitos pelos moradores não alteram, antes intensificam, os padrões de arranjo e configuração original das casas projetadas; e outra na qual esses padrões são subvertidos segundo uma lógica que se aproxima, em menor ou maior grau, das moradias auto-construídas | pt_BR |